domingo, 10 de maio de 2015

POSTERGANDO

Estou aqui, andando em círculos, fugindo do meu próprio rabo. O tempo passa, a noite avança, enquanto eu evito o inevitável. Será que eu me vicie nesse incômodo? Que gratificação seria possível de se obter quando se vê a sua energia escorrendo pelo ralo.

Tudo dói de manhã. Meu corpo me escapa, meu ossos estão cansados. Entre o balanço entre fazer o que se quer e fazer o que se tem que fazer, eu não faço quase nada. 

Enquanto isso eu oro por algo visceral e fatal, final. Aquele momento em que todos abriríamos os olhos e acordaríamos juntos. Mas eu checo de hora em hora, estamos todos dormindo. Todos espalhados, em camas diferentes, em diferentes espaços. Alguns em diferentes mundos. 

Nada de emocionante acontece. Que luta estranha à qual nos entregamos. Não cruzamos espaços, não lançamos bolas de fogo, não corremos em campos abertos enquanto estripamos os nosso inimigos. Ah, a glória banhada no sangue de outros!
 
Mas escolhemos como campo de batalha os nosso próprios corações. Vigiamos nossa própria sombra e nos banhamos no nosso próprio sangue. E não fazemos isso bem. Somos tortos, incertos, mal acabados. Temos fome e preguiça, medo, vaidade. Cite um pecado capital e nós estamos dentro.

By Red Fox
  

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